Viajar é trocar a roupa da alma

Viajar me leva para lugares extraordinários. E eu não falo somente de destinos, mas de trajetórias. Todas as vezes que eu viajo, minha sensação é de imergir em um espaço novo, em termos de cultura, pessoas, experiências.

Já fiz algumas loucuras viajando, principalmente relacionadas ao financeiro, porque quando trabalhava de forma convencional era difícil ou até mesmo impraticável tirar férias.

Então quando eu conseguia a autorização, não me importava se aquela passagem estava fora do orçamento planejado, o dinheiro eu juntaria depois. As experiências que eu viveria não.

E assim comecei a colecionar viagens feitas em cima da hora, voos de 40 horas de duração, hotéis duvidosos... tudo era válido para conseguir fazer aquela viagem.

Hoje em dia não é mais assim, graças à Deus.

Mas foi viajando que comecei a conhecer pessoas do mundo inteiro. Culturas totalmente diferentes da minha. Meus olhos viram prédios construídos por humanos que pareceriam impossíveis. E também viram paisagens tão bonitas, que eu pude experenciar o divino.

Lembro da primeira vez que fiz uma viagem. Foi para o Rio de Janeiro com um ex namorado. O namoro estava em crise, o cara estressado, brigando, mas eu só conseguia ignorar ele e olhar para as montanhas do Rio e pensar: esse é o lugar mais bonito que eu já fui. E era.

Naquela viagem, meus olhos humildes de pessoa que nunca viajou pediram mais. Ficaram com ânsia de mais vistas, mais experiências. Nem notei o estresse do indivíduo. A natureza havia falado comigo. O bichinho do descobrimento também. Depois que fui picada, me tornei insaciável. E quanto mais quero e descubro, mais tem para se conhecer.

Todas as vezes descubro algo novo sobre mim. Volto diferente. Volto encantada. Para mim isso é mergulhar na vida. Com a sensação de que estou em busca de mais e mais do que ela pode oferecer.